Ginga com tapioca, o patrimônio potiguar

04.09.2024

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Quem diria que o aproveitamento de pequenos peixes que ficavam presos nas redes de pescadores e não eram vendidos ia acabar virando patrimônio de um povo? Pois é, foi assim que a ginga com tapioca.

Originado na praia da Redinha e um dos orgulhos gastronômicos de Natal, a Ginga com Tapioca é desde 2019 Patrimônio Imaterial do Rio Grande do Norte.
Consumido diariamente nas praias da capital potiguar, o prato é feito basicamente da combinação da tapioca, feita da goma de mandioca e coco, com a ginga - um peixinho frito colocado como recheio da tapioca.

O pequeno peixe - filhotes de duas espécies de sardinha, segundo pesquisa da UFRN, é temperado com sal e passado na farinha de mandioca. Depois é só enfiar num palito de coqueiro e fritar no azeite de dendê. 

Já a tapioca é feita de goma de mandioca peneirada, sendo feita espalhando-se a massa numa frigideira aquecida até ela unisse-se com o coco ralado, após pronta a tapioca é molhada com leite de coco.
 
Localizada às margens do rio Potengi, a praia da Redinha fica no litoral norte de Natal, no bairro do mesmo nome, surgido a partir de uma antiga vila de pescadores.